A Famigerada Moleira

Ao apalpar a cabeça do seu filho recém nascido, você vai reparar que existem 2 pontos mais amolecidos. Popularmente conhecida como moleira, a fontanela, muitas vezes é motivo de aflição para pais de primeira viagem.

E por que ela existe ?

A cabeça do bebê não é composta de um único osso, mas sim de vários ossos conectados por material fibroso, as chamadas suturas. São essas suturas que permitem a mobilidade da caixa craniana, permitindo sua expansão durante o crescimento e desenvolvimento cerebral.

As fontanelas são basicamente classificadas em anterior (mais ampla) e posterior (nem sempre fácil de identificar, por ter menor tamanho), correspondendo às áreas onde as suturas se unem, sendo recobertas por tecido membranoso. Esse tecido protege perfeitamente o cérebro e os demais tecidos e não há nenhuma necessidade dos pais se preocuparem caso as toquem e muito menos evitar que as toquem gentilmente.

Pode tocar?

Pode! Ao tocar a fontanela do seu filho, você deve senti-la firme. Durante crise de choro é muito comum a fontanela apresentar discreto abaulamento mas que retorna ao normal quando o bebê pára de chorar e está em posição vertical. Fontanela que fica constantemente abaulada e tensa pode indicar problemas de saúde e a criança deverá ser prontamente avaliada por médico. Outra alteração possível é a depressão da fontanela. Caso você observe isso, avise seu médico, provavelmente seu bebê esta desidratado.

Como é feita a avaliação da fontanela?

O pediatra acompanha periodicamente se o crescimento da fontanela está dentro do esperado através da medida do perímetro cefálico com fita métrica. Crescimento do perímetro cefálico aumentado ou reduzido podem indicar processos não fisiológicos e às vezes precisam de avaliações complementares para garantir adequado crescimento e desenvolvimento.

Geralmente a fontanela anterior fecha entre 8 e 10 meses de vida e a posterior em torno do final do primeiro mês de vida.

Bibliografia de Apoio

Stanford´s Children Hospital
American Family Physician
Academia Americana de Pediatria
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas

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